Edema Peri-Elétrodo Após Estimulação Cerebral Profunda na Doença de Parkinson: Um Desafio Diagnóstico e Terapêutico
DOI:
https://doi.org/10.46531/sinapse/CC/210068/2022Palavras-chave:
Complicações Pós-Operatórias, Edema Cerebral, Estimulação Cerebral Profunda/efeitos adversos, Doença de Parkinson/ tratamentoResumo
A estimulação cerebral profunda (ECP) é uma modalidade terapêutica eficaz na doença de Parkinson, sendo o edema peri-elétrodo (EPE) uma complicação pouco compreendida desta terapêutica. Reportamos três casos submetidos a cirurgia de ECP bilateral no núcleo subtalâmico, que desenvolveram EPE unilateral. O doente 1 apresentou-se com um quadro de cefaleia um mês após a cirurgia. Foi tratado com antibioterapia, melhorando clinicamente após dois dias. O doente 2 apresentou um estado confusional agudo no sétimo dia após cirurgia. Iniciou corticoterapia e os sintomas desapareceram alguns dias depois. O doente 3 mostrou um EPE 56 horas após cirurgia. Permaneceu assintomático e o EPE desapareceu sem tratamento instituído. Em dois doentes, a avaliação das impedâncias encontrava-se alterada. O EPE é uma complicação clinicamente heterogénea, cuja frequência, abordagem e tratamento permanecem desconhecidos. A avaliação das impedâncias poderá ajudar no seu reconhecimento, impedindo procedimentos terapêuticos desnecessários.Downloads
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