Encefalopatia de Wernicke Não Relacionada com Consumo de Álcool

Autores

  • Rita Nunes Rato Serviço de Neurologia, Hospital Universitário de São João, Porto, Portugal; Departamento de Neurociências Clínicas e Saúde Mental, Faculdade de Medicina, Universidade do Porto, Portugal https://orcid.org/0009-0000-2077-3666
  • Bárbara Martins Serviço de Neurologia, Hospital Universitário de São João, Porto, Portugal; Departamento de Neurociências Clínicas e Saúde Mental, Faculdade de Medicina, Universidade do Porto, Portugal https://orcid.org/0000-0003-3026-3453
  • Carolina Correia Serviço de Neurologia, Hospital Universitário de São João, Porto, Portugal; Departamento de Neurociências Clínicas e Saúde Mental, Faculdade de Medicina, Universidade do Porto, Portugal
  • Carolina Soares Serviço de Neurologia, Hospital Universitário de São João, Porto, Portugal; Departamento de Neurociências Clínicas e Saúde Mental, Faculdade de Medicina, Universidade do Porto, Portugal https://orcid.org/0000-0001-6545-1863
  • Andreia Costa Serviço de Neurologia, Hospital Universitário de São João, Porto, Portugal; Departamento de Neurociências Clínicas e Saúde Mental, Faculdade de Medicina, Universidade do Porto, Portugal https://orcid.org/0000-0002-5331-9934

DOI:

https://doi.org/10.46531/sinapse/CC/137/2025

Palavras-chave:

Encefalopatia de Wernicke/diagnóstico, Infeções por VIH/complicações, Ressonância Magnética, Síndrome de Imunodeficiência Adquirida/complicações

Resumo

Homem, 39 anos, com diagnóstico recente de infeção por vírus da imunodeficiência humana, estadio de SIDA, e linfoma de Burkitt, identificados no contexto de síndrome constitucional com seis meses de evolução. Seis semanas após o início de terapêutica antirretrovírica e quimioterapia, desenvolveu um quadro agudo de lentificação psicomotora, desorientação e desequilíbrio da marcha. O exame neurológico revelou nistagmo multidirecional, alteração da sensibilidade de tipo distância-de-pendente e ataxia grave apendicular e da marcha. A ressonância magnética cerebral mostrou hipersinal simétrico nos tálamos mediais, com extensão ao mesencéfalo posterior, ponte e bulbo. Perante suspeita de encefalopatia de Wernicke, cumpriu suplementação com tiamina endovenosa em alta dose, com rápida melhoria clínica e regressão imagiológica das lesões. Este caso destaca uma apresentação atípica e potencialmente reversível da encefalopatia de Wernicke, sublinhando a importância da suspeita clínica em doentes com caquexia grave, neoplasias hematológicas ou outras condições que comprometam a absorção de tiamina.

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Publicado

2025-10-29

Como Citar

1.
Nunes Rato R, Martins B, Correia C, Soares C, Costa A. Encefalopatia de Wernicke Não Relacionada com Consumo de Álcool. Sinapse [Internet]. 29 de Outubro de 2025 [citado 30 de Outubro de 2025];. Disponível em: https://sinapse.pt/index.php/journal/article/view/137

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