Ampliando o Espectro da Cefaleia Hípnica: Um Estudo de Coorte Retrospetivo

Autores

  • Filipa Dourado Sotero Department of Neurosciences and Mental Health, Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, Lisbon, Portugal; Centro de Estudos Egas Moniz, Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Lisbon, Portugal https://orcid.org/0000-0002-5700-8834
  • Miguel Leal Rato Department of Neurosciences and Mental Health, Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, Lisbon, Portugal; Centro de Estudos Egas Moniz, Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Lisbon, Portugal https://orcid.org/0000-0003-2233-0468
  • Isabel Pavão Martins Department of Neurosciences and Mental Health, Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, Lisbon, Portugal; Centro de Estudos Egas Moniz, Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Lisbon, Portugal https://orcid.org/0000-0002-9611-7400

DOI:

https://doi.org/10.46531/sinapse/AO/240004/2024

Palavras-chave:

Distúrbios da Cefaleia Primários/tratamento farmacológico, Sono

Resumo

Introdução: A cefaleia hípnica é uma entidade rara que requer crises estritamente relacionados ao sono. Contudo, existem doentes com cefaleias noturnas recorrentes que apresentam ocasionais crises em vigília e que são excluídos desse diagnóstico. O nosso objetivo foi comparar esses dois grupos de doentes e compreender se as suas diferenças justificam um diagnóstico distinto.
Métodos: Trata-se de um estudo de coorte retrospetivo, comparativo, entre doentes com cefaleia recorrente predominantemente noturna (≥80% das crises) (PNRH) e cefaleia hípnica (HH) seguidos numa clínica terciária de cefaleias.
Resultados: Foram incluídos 31 doentes (83,9% mulheres), dos quais 13 com PNRH e 18 HH (13 casos com HH provável e 5 HH definitiva). Não houve diferenças significativas entre os grupos quer na demografia quer nas características da dor e resposta ao tratamento. Ambos tinham uma frequência elevada (71%) de crises prévias de enxaqueca e 51,7% preenchiam os critérios para uso excessivo de medicamentos.
Conclusão: Estes resultados sugerem que existe uma sobreposição entre a cefaleia hípnica e a cefaleia recorrente predominantemente noturna. Ambas podem evoluir a partir de enxaqueca. Embora a sua fisiopatologia permaneça desconhecida, a cefaleia noturna recorrente pode ser outra forma provável de cefaleia hípnica.

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Referências

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Publicado

2024-11-07

Como Citar

1.
Dourado Sotero F, Leal Rato M, Pavão Martins I. Ampliando o Espectro da Cefaleia Hípnica: Um Estudo de Coorte Retrospetivo. Sinapse [Internet]. 7 de Novembro de 2024 [citado 21 de Novembro de 2024];24(3):122-7. Disponível em: https://sinapse.pt/index.php/journal/article/view/122

Edição

Secção

Artigos Originais