Impacto do Primeiro Ano da Pandemia COVID-19 na Tele-Articulação Regional em Rede na Abordagem do AVC Isquémico Agudo: Experiência de um Modelo “Drip-and-Ship” Português

Autores

  • Inês V. Carvalho Serviço de Neurologia, Unidade Local de Saúde de Coimbra, Coimbra, Portugal https://orcid.org/0000-0002-2744-3958
  • Francisco Millet Barros Serviço de Neurologia, Unidade Local de Saúde de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Carolina Sousa Fernandes Serviço de Neurologia, Unidade Local de Saúde de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • João Sousa Serviço de Neurologia, Unidade Local de Saúde de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Ana Isabel Rodrigues Serviço de Medicina Interna, Unidade Local de Saúde da Região de Leiria, Leiria, Portugal
  • Pedro Faustino Serviço de Neurologia, Unidade Local de Saúde de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Emanuel Martins Serviço de Neurologia, Unidade Local de Saúde de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Diogo Damas Serviço de Neurologia, Unidade Local de Saúde de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Catarina Bernardes Serviço de Neurologia, Unidade Local de Saúde de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Carolina Teles Serviço de Medicina Interna, Unidade Local de Saúde de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Telma Alves Serviço de Medicina Interna, Unidade Local de Saúde de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Carolina Martins Serviço de Medicina Interna, Unidade Local de Saúde de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Rita Ramalho Serviço de Medicina Interna, Unidade Local de Saúde de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Carolina Maia Serviço de Imagem Médica – Neurorradiologia, Unidade Local de Saúde de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Henrique Queirós Serviço de Imagem Médica – Neurorradiologia, Unidade Local de Saúde de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Elisa Viegas Serviço de Medicina Interna, Unidade Local de Saúde Viseu Dão-Lafões, Viseu, Portugal
  • Filipa Costa Sousa Serviço de Medicina Interna, Unidade Local de Saúde Viseu Dão-Lafões, Viseu, Portugal
  • Inês Pinheiro Serviço de Medicina Interna, Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro, Aveiro, Portugal
  • Laura Baptista Serviço de Medicina Interna, Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro, Aveiro, Portugal
  • Ana Patrícia Gomes Serviço de Medicina Interna, Unidade Local de Saúde da Cova da Beira, Portugal
  • Fábia Cruz Serviço de Medicina Interna. Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, Castelo Branco, Portugal
  • Jéssica Fidalgo Serviço de Medicina Interna, Unidade Local de Saúde da Guarda, Guarda, Portugal
  • André Carvalho Serviço de Medicina Interna, Unidade Local de Saúde do Baixo Mondego, Portugal
  • Carla Nunes Serviço de Neurologia, Unidade Local de Saúde de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Cristina Machado Serviço de Neurologia, Unidade Local de Saúde de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Bruno Rodrigues Serviço de Neurologia, Unidade Local de Saúde de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Luciano Almendra Serviço de Neurologia, Unidade Local de Saúde de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Fernando Silva Serviço de Neurologia, Unidade Local de Saúde de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • César Nunes Serviço de Imagem Médica – Neurorradiologia, Unidade Local de Saúde de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Ricardo Veiga Serviço de Imagem Médica – Neurorradiologia, Unidade Local de Saúde de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Dulcídia Sá Unidade de AVC / Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro, Aveiro, Portugal
  • Emanuel Araújo Unidade de Cuidados Agudos Polivalente / Unidade Local de Saúde da Região de Leiria, Leiria, Portugal
  • Eugénia André Unidade de AVC / Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, Castelo Branco, Portugal
  • Fátima Paiva Unidade de AVC / Unidade Local de Saúde da Cova da Beira, Portugal
  • João Correia Unidade de AVC / Unidade Local de Saúde da Guarda, Guarda, Portugal
  • Abílio Gonçalves Serviço de Medicina Interna, Unidade Local de Saúde do Baixo Mondego, Portugal
  • Ana Gomes Unidade de AVC / Unidade Local de Saúde Viseu Dão-Lafões, Viseu, Portugal
  • João Sargento-Freitas Serviço de Neurologia, Unidade Local de Saúde de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Egídio Machado Serviço de Imagem Médica – Neurorradiologia, Unidade Local de Saúde de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Gustavo C. Santo Serviço de Neurologia, Unidade Local de Saúde de Coimbra, Coimbra, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.46531/sinapse/AO/230086/2024

Palavras-chave:

COVID-19, Acidente Vascular Cerebral, Telemedicina, Transferência de Doentes

Resumo

Introdução: Embora escassos, os modelos organizacionais regionais para abordagem do acidente vascular cerebral (AVC) agudo recorrendo à telemedicina têm vindo a ser implementados em diversos países nas décadas mais recentes. A pandemia COVID-19 colocou à prova a rede de prestação de cuidados de saúde. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto do primeiro ano da pandemia COVID-19 no desempenho da Rede da Via Verde do AVC na região Centro de Portugal.
Métodos: Estudo retrospetivo multicêntrico envolvendo os oito hospitais da Rede da Via Verde do AVC da região Centro de Portugal. O primeiro ano de pandemia COVID-19 (19/03/2020 a 18/03/2021) foi comparado com o período precedente, entre 01/01/2018 e 18/03/2020. Analisámos o número de teleconsultas, o número de doentes transferidos para tratamento endovascular, as métricas temporais de desempenho e o resultado funcional (avaliado através da modified Rankin Scale aos três meses).
Resultados: Observou-se um aumento de 8,2% no número de teleconsultas por dia na fase pandémica quando comparada com o período precedente e de 12,9% no número de doentes transferidos para trombectomia diariamente. Durante a pandemia, observou-se um aumento de 95,8 minutos no intervalo de tempo entre o início dos sintomas e a admissão no hospital primário (159,5 vs 255,3, p<0,01), de 18,5 minutos entre a admissão nos hospitais primário e terciário (205,6 vs 224,1, p=0,04). O intervalo entre a admissão no hospital terciário e a punção femoral reduziu 6,7 minutos (49,4 vs 42,7, p=0,08) e o intervalo entre a admissão no hospital terciário e a recanalização reduziu 24,2 minutos (101,9 vs 77,7, p<0,01). O resultado funcional aos 3 meses não foi afetado pela pandemia (OR 0,66 [95%CI 0,7-1,3], p=0,79).
Conclusão: Na pandemia, observaram-se resultados divergentes em diferentes domínios da cadeia de cuidados. Os resultados deste estudo realçam a relevância da existência de redes regionais para abordagem do AVC agudo bem estabelecidas, especialmente durante períodos colocam à prova a rede de prestação de cuidados de saúde.

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Publicado

2024-08-17

Como Citar

1.
V. Carvalho I, Millet Barros F, Sousa Fernandes C, Sousa J, Rodrigues AI, Faustino P, et al. Impacto do Primeiro Ano da Pandemia COVID-19 na Tele-Articulação Regional em Rede na Abordagem do AVC Isquémico Agudo: Experiência de um Modelo “Drip-and-Ship” Português. Sinapse [Internet]. 17 de Agosto de 2024 [citado 16 de Outubro de 2024];24(2):71-7. Disponível em: https://sinapse.pt/index.php/journal/article/view/101

Edição

Vol. 24 N.º 2 (2024): Abril-Junho

Secção

Artigos Originais

Licença

Direitos de Autor (c) 2024 Inês V. Carvalho, Francisco Millet Barros, Carolina Sousa Fernandes, João Sousa, Ana Isabel Rodrigues, Pedro Faustino, Emanuel Martins, Diogo Damas, Catarina Bernardes, Carolina Teles, Telma Alves, Carolina Martins, Rita Ramalho, Carolina Maia, Henrique Queirós, Elisa Viegas, Filipa Costa Sousa, Inês Pinheiro, Laura Baptista, Ana Patrícia Gomes, Fábia Cruz, Jéssica Fidalgo, André Carvalho, Carla Nunes, Cristina Machado, Bruno Rodrigues, Luciano Almendra, Fernando Silva, César Nunes, Ricardo Veiga, Dulcídia Sá, Emanuel Araújo, Eugénia André, Fátima Paiva, João Correia, Abílio Gonçalves, Ana Gomes, João Sargento-Freitas, Egídio Machado, Gustavo C. Santo

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